quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Paris, lado B,

Passei onze dias na França e conheci 7 cidades diferentes. Tirei centenas de fotos e tenho histórias que dariam  vários posts nesse blog. Poderia falar dos monumentos, dos cafés, da comida, dos castelos, dos museus, dos passeios... Mas isso seria meio óbvio! E estaria competindo com as diversas publicações especializadas em viagem, némesmo?!

Bom, estão fui buscar nas fotos algo de 'lado B' da França. Coisas que me marcaram pelo inusitado, mas que no fim também contam um pouco desse país sensacional.

Olha essa banca de jornal aí ao lado. Fiquei de queixo caído. De tão bem inserida no ambiente da cidade, poderia ser uma banca de frutas do século 17 ou 18 que foi preservada e agora vende jornais. Os caras não pensam apenas nos grandes prédios e obras. Pensam em cada detalhe para manter a identidade, para que em toda esquina você tenha certeza que está em Paris, nesse caso.

Olha essa placa que meu pai viu assim meio sem querer. Até que é famosa mas a gente não sabia. A cidade está cheia desse tipo de registro. E encontrar uma dessas placas falando do Santos Dumont é sensacional. Não importa a nacionalidade dele.O que importa é registrar que ele marcou a história da cidade e por isso deve ser lembrado para sempre. Da mesma forma, mas em menor escala, que os soldados que lutaram pela Libertação da França na 2ª Guerra Mundial, por exemplo.

E esse aviso num dos elevadores da Torre Eiffel. Vi avisos como esse em vários outros pontos turísticos de Paris. Ao contrário do que possa parecer, me senti muito mais respeitado como turista ao ler essas palavras. É a realidade do lugar. E se essa é a realidade, então não há porque escondê-la. Reconhecer os nossos problemas é tão importante quanto reconhecer as nossas virtudes. E isso torna Paris ainda mais apaixonante.

E o que tem de diferente nessa foto da esquerda? Preste bem atenção e tente pensar com a cabeça de um parisiense. Ainda mais porque aqui em SP é muuuuito comum. Encontrou? Não?! Canto direito, parte de baixo. Viu?!........ Uma parede pichada....Pois é! Não lembro de ter visto pichação lá durante minhas andanças. Vi agora revendo as fotos.

Tudo isso mostra algo que não vemos muito aqui no Brasil..... Cuidado com o presente e respeito com o passado.

Abraços e beijos.

domingo, 4 de setembro de 2011

London calling

Eu já imaginava que essa passagem por Londres seria bem legal. E foi mais do que isso. Foi inesquecível.

. A cidade é sensacional!!! Aquelas casas de tijolo marrom uma colada na outra com flores nas janelas. A mão inversa das ruas que faz a gente se confundir muito nos primeiros dias. Os parques e praças que estão em todos os lugares. Os museus, igrejas e monumentos que dão um significado diferente à vida cotidiana e que não temos no Brasil. A diversidade de raças, credos, tipos das pessoas é digna de São Paulo.


. Outra coisa que chamou muito a atenção foi o luxo e ostentação dos súditos da Rainha. Lojas e carros caros por todo lado. Prada, Gucci, EZ, Thiffany's.... Ferraris, Buggatis, Bentleys... Armanis e BMWs nem to contando...Pra mim um exagero total.Para eles deve ser normal. Bom.... Acho que não teria problemas para me acostumar com isso... Hehe.

. Os táxis e taxistas merecem uma nota. Os carros são feitos sob medida e muito práticos. Os taxistas muito eficientes e educados. Mas encontramos um em especial que nos deixou de boca aberta. Durante a viagem, ele percebeu que éramos brasileiros e perguntou se gostávamos de arte moderna. 'Arte moderna?', pensamos.... Hum... Então ele começou a falar nomes de artistas brasileiros consagrados da arte moderna... Ligia Clarck e Helio Oiticica. O cara conhece e gosta do assunto. Além disso era muito simpático, tanto que até nos indicou alguns pubs, escrevendo os nomes num papel. Veja: escreveu num papel!!!! Os taxistas do Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires podiam ter aulas com esse cara!


. Em relação à comida eu não esperava nada. Vim com aquele ideia de que lá se come mal... Que nada! Todas as refeições foram excelentes! Surpreendentes mesmo. No hotel, nos restaurantes, no pub, no museu. Pratos simples ou refinados, todos muito bem feitos, bem montados e saborosos. O destaque vai para o prato oriental 'alguma coisa wook' que comi no Museu Britânico, na foto ao lado. Na medida certa de tempero e pimenta. Estava perfeito!


. A indicação do taxista simpático lá de cima nos levou a um pub dos 'locais' chamado Grenadier. Super escondido, numa viela que se fosse em SP a gente nem entrava. Entramos e só tinha ingleses, além de uma mesa de franceses. O lugar é muuuuito legal e comemos muito bem. Aliás, a comida nos surpreendeu de tão saborosa e sofisticada. As cervejas, apesar de quentes, estavam bem gostosas. O ponto alto da noite foi no final quando estávamos indo embora. O gerente veio falar conosco, perguntou de onde éramos e se não queríamos reservar uma mesa para o Natal. Imagina:
- Onde vc vai passar o Natal?
- Olha, esse ano reservei uma mesa no Grenadier, em Londres..... Hahaha!

. Uma última coisa que merece uma nota é o metro. Caro, cheio, quente e complicado. Mas te leva literalmente a qualquer lugar! Deve ter umas 20 linhas diferentes. A maioria das estações que passamos são antigas com corredores estreitos, de azulejo. Uma das linhas que usamos deve ser bem antiga e, por isso, estreita. Então o vagão é metade de um dos nossos. Parecia de brinquedo. E como várias linhas se cruzam, algumas estações são muito profundas. Tanto que tem elevador para sair na rua.... Imagina elevador no metro de SP...

. Mas mais sensacional está sendo fazer essa viagem com meus pais! Há muito não ficávamos tanto tempo juntos tendo esses momentos que ficarão para sempre na minha memória. Além estar sendo muuuuito engraçado. Obrigado, meus queridos, por me proporcionar essa viagem tão cheia de significado.

Abraços e beijos.