Quando veio a primeira entrada, pânico, terror e aflição. Ostra!!!!! Metade da dita cuja numa cama de sal grosso com uma coisa vermelha no meio. Depois do susto inicial me dei conta que não era ostra e sim um tartar de ostra dentro de um tomate daqueles pequenininhos.
Ahhhhhhh bom. É totalmente diferente, saca? Me enchi de coragem e mandei ver num único bocado. Cê ta pensando que fui maleducado? Fui não. A porção é pequena para isso mesmo. Primeira mastigada. Segunda mastigada. Hum... Terceira, quarta, quinta mastigada. Huuuuummm. Muito bom! Podia vir outra porção.
Depois veio uma sopinha fria de tomate com vegetais crocantes. Digo sopinha pois não gostei nem um pouco. Pode até ser chique mas eu passo. Sopa, creme, consomé tem que ser quente. Seja na esquina, seja no Eñe, seja no Ferran Adriá. Tanto que nem tirei fotos. Melhor esquecer...
Mas a noite estava longe de estar perdida.
Em seguida veio uma que não lembro o que é. Só sei que estava delicioso. Era também para comer num bocado só. A foto segue ao lado. Quem souber o que é, me avisa.
Depois veio um agulhão cozido com arroz negro. Sensasional! O peixe estava bem tenro e saboroso. O arroz negro estava na medida, sem ofuscar o sabor do peixe. Acho que esse foi um dos melhores pratos que já comi lá.
Para arrematar, uma sobremesa à altura dos pratos quentes. Tipo um pudim de pão todo incrementado com uma bola de sorvete de canela. Nem tive coragem de pedir café. Estava na plenitude gastronômica. Depois só restava ira para casa e guardar os detalhes dessa noite.
E olha que nem falei do atendimento, do ambiente, do couvert e da cava rosé que acompanharam à altura esse menu. Muito menos que esse menu foi adquirido pela metade do preço num desses clubes de compra do mundo virtual.
Abraços e beijos.