segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Eñe...Mais uma vez

Esse Eñe é realmente um lugar especial. Estive lá para apreciar o Menu Gran Degustação. Chegando lá decidi não perguntar quais pratos seriam servidos nesse menu naquele dia. “Quero aventura gastronômica. Não sendo ostras, pode mandar tudo.”. Muito bem.


Quando veio a primeira entrada, pânico, terror e aflição. Ostra!!!!! Metade da dita cuja numa cama de sal grosso com uma coisa vermelha no meio. Depois do susto inicial me dei conta que não era ostra e sim um tartar de ostra dentro de um tomate daqueles pequenininhos.

Ahhhhhhh bom. É totalmente diferente, saca? Me enchi de coragem e mandei ver num único bocado. Cê ta pensando que fui maleducado? Fui não. A porção é pequena para isso mesmo. Primeira mastigada. Segunda mastigada. Hum... Terceira, quarta, quinta mastigada. Huuuuummm. Muito bom! Podia vir outra porção.

Depois veio uma sopinha fria de tomate com vegetais crocantes. Digo sopinha pois não gostei nem um pouco. Pode até ser chique mas eu passo. Sopa, creme, consomé tem que ser quente. Seja na esquina, seja no Eñe, seja no Ferran Adriá. Tanto que nem tirei fotos. Melhor esquecer...

Mas a noite estava longe de estar perdida.

Em seguida veio uma que não lembro o que é. Só sei que estava delicioso. Era também para comer num bocado só. A foto segue ao lado. Quem souber o que é, me avisa.

Depois veio um agulhão cozido com arroz negro. Sensasional! O peixe estava bem tenro e saboroso. O arroz negro estava na medida, sem ofuscar o sabor do peixe. Acho que esse foi um dos melhores pratos que já comi lá.

Por último, para finalizar com chave de ouro a parte quente, veio um carré de cordeiro com batatas assadas. Desmanchava na boca. Também delicioso. Mas não superior ao agulhão.

Para arrematar, uma sobremesa à altura dos pratos quentes. Tipo um pudim de pão todo incrementado com uma bola de sorvete de canela. Nem tive coragem de pedir café. Estava na plenitude gastronômica. Depois só restava ira para casa e guardar os detalhes dessa noite.

E olha que nem falei do atendimento, do ambiente, do couvert e da cava rosé que acompanharam à altura esse menu. Muito menos que esse menu foi adquirido pela metade do preço num desses clubes de compra do mundo virtual.
Abraços e beijos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Meu 'Fuscão Preto'

Hoje eu tenho um Fuscão Preto. Feito todo de aço.
Que me leva sob o sol e a chuva.
Sozinho ou acompanhado.

Impõem respeito pelo tamanho.
É muito dócil para pilotar. Roda suave, tem comandos leves.
O ponto morto entra sempre que eu quero.
Esse costuma ser o mais difícil.

Na estrada é uma delícia.
Mas na cidade é quase uma tortura.
O ar condicionado é natural...

Não aceita desaforo. Precisa estar atento.
Qualquer distração e ele te joga no chão.

São trezentos e dez quilos.
Empurrados por um motorzão V2 de 1500 cilindradas.
Tem um banco que parece mais o sofá da sala.
Por tudo isso, o Bro deu o apelido carinhoso, Fusca.
Como é grande e preto, virou Fuscão Preto.

Já tive outros.
Mas nenhum como esse.
Parece que foi feito sob medida.
Me 'veste' que nem roupa velha.
Eis meu Fuscão Preto.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ano-novo em Araras

Esse último Ano-novo, passamos em Araras. Muito por conta de uma famosa balada na noite de 31, comandada pelo promoter RAlbericiBoi.

Chegamos na quinta e fomos direto para um chateau gentilmente cedido pelo meu querido Daniel, irmão do promoter da balada. O chateau foi concebido para dar todo suporte à vida agitada de um solteiro de trinta e poucos anos. Mas acolheu confortavelmente a família desse autor. O lugar é uma delícia. Um silêncio inaudito. Amplo e aconchegante ao mesmo tempo. Deu vontade de mudar pra lá. Valeu, primo!

Sexta-feira era o dia! Chegamos por volta de 22h e já estavam quase todos lá. O jeito foi começar os trabalhos etílicos e os procedimentos gastronômicos. O menu era baseado na culinária árabe, com tudo que se tem direito. Tudo adquirido na excelente rotiserrie do Sr. João, que há anos fornece os quitutes para as baladas do RalbericiBoi.
De entrada, os excelentes quibes, esfihas, tabule, hommus, pães, etc. De prato principal, arroz com frango e canela, e abobrinha recheada. Todos deliciosos.

No lado etílico, também não faltou nada. Espumante, cerveja, uisque, caipirinha. Claro que também tinha água e refrigerante. Dessa vez não havia um barman para fazer as caipirinhas. Mas nem fez falta porque tinha fila de gente querendo preparar os tais coquetéis: quiwi com morango, frutas vermelhas ou limão com vodka, saquê ou cachaça. Cada um fazendo do seu jeito e revezando na posição.

Depois do brinde da meia-noite, veio a música e a balada começou. Dançamos bastante. Mais ainda as crianças que deram um banho de energia nos mais velhos. Eu só me recusava a dançar quando tocava aqueles sertanejos universitários pegajosos. Nada é perfeito...

A balada foi ótima. Fui embora embora esperando a sequência da festa no dia seguinte. Mas qual não foi minha surpresa quando retornamos no dia seguinte e....nada! Todos comendo uma 'massinha' e tomando água com gás. Esperei o tempo passar e... nada! Saí de lá no final da tarde sem tomar uma gota. Comprei uma latas de breja no posto e retornei ao chateau para beber, ao lado da minha esposa, vendo um 'filminho'. Se nesse ponto o dia foi perdido, a noite não seria.

No domingo, almoçamos com Marilena, Ney, Flavinha na casa da Raquel, prima querida que não via há muito tempo. Depois fomos tomar um café na casa da tia Maria Silvia, que fica atravessando a rua. Minha agradável surpresa quando cheguei lá e o Nelson pai junto com o Nelson filho me disseram: 'Poxa, Marcos. A gente tava tomando a últma garrafa. Mas agora que você chegou vamos ter que continuar.'

Sentamos e lá veio uma excelente conversa entre os homens enquanto as mulheres falavams de coisas mais sérias na mesa ao lado. Entre um causo e outro, foram umas 7 garrafas. Muitas risadas. Muitas. Quando você encontrar com o Nelson pai, pergunta o que ele aprendeu com o Jack Nicholson num balneário chique do sul da França. Ficamos lá até umas 19h e depois retornamos ao chateau.

Na segunda retornamos a SP com uma chuva torrencial de ponta a ponta. Mas nem essa chuva poderia estragar esse fim de semana incrível. Relembrando tudo o que aconteceu e vendo as fotos que tiramos, vejo que precisamos...... tirar mais fotos.

Abraços e beijos.