Além dos encantos, as terras portenhas tem também seu 'lado B'. Desse período de 9 dias, ficaram para posteridade algumas histórias com os famosos taxistas de lá.
. Estávamos voltando de um jantar, dois amigos da Unilever e eu. Já passava da meia-noite e seguíamos para o hotel. Eu estava no banco da frente e percebi que o motorista começou a 'pescar' de sono. Fiquei de olho. Paramos num farol e o cara fechou os olhos! Apagou! Veio o verde e nada. Dei um leve tapa no braço dele e falei 'Andale!'. Ele acordou e respondeu sem um pingo de vergonha ou remorso 'Sí. Claro.'. E seguimos para o hotel sem outras intercorrências. Era só o que faltava...
. Seguíamos de táxi para um restaurante em Palermo, outros dois amigos da Unilever e eu. Ao chegar no lugar, o taxista parou o carro no meio (no meio mesmo) da rua para nós descermos. Bem folgado. Nisso passa um carrão com dois playboys dentro. Eles param o carro e começam a xingar o taxista, que revida na mesma moeda. Era 'boludo' pra lá, 'hijo de una pu**' pra cá. Aí pensei (já em portunhol) 'Mierda. Fodió... Só falta começar uma briga e a gente no meio...'. Mas logo os boys foram embora e a temperatura baixou. Era só o que faltava...
. Indo para um bar, pegamos um taxista daqueles que falam alto e muito. Quando percebeu que éramos brasileiros, ele começou a falar que os brasileiros se acham os melhores do mundo, que nós dizemos que tudo aqui é 'o maior do mundo. 'Maracanã?! O maior do mundo.'. 'Pelé?! O maior do mundo.' Nesse momento, atingimos o auge da conversa. Já que o Pelé entrou na conversa, ele começou a falar que não dava para comparar o Pelé com Maradona. O Pelé foi o que foi porque jogava com outros 10 craques e o Maradona jogava sozinho. E por aí foi. Longos 15 minutos de viagem até nosso destino. Era só o que faltava...
. Ela e eu chamamos um táxi na frente do hotel. Parou um Corsa bem velho. Entramos.
- Por favor, queremos ir para a rua Uriarte, em Palermo.
- Rua Uriarte???
- Sí! Uriarte. É uma rua famosa de Palermo.
- Perdón. No conosco... Não poderei levarlos lá.
O taxista parou o carro e nos fez descer!!! Era só o que faltava.
Era só o que faltava para coroar a viagem: acidente de carro com taxista dorminhoco, briga de trânsito por causa de taxista folgado, ouvir que brasileiro é orgulhoso e convencido, e ainda ser rejeitado como passageiro. Se ainda fosse em Paris...
Abraços e beijos.
sábado, 23 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Mi Buenos Aires querida - parte 1
Poderia falar dos vários excelentes restaurantes da cidades, da tranquilidade do Porto Madero, da agitação da feira de San Telmo, da beleza da Recoleta, da largas avenidas, dos parques e praças, das bem conservadas construções de outras épocas. Muitas coisas, enfim, para se ver.
Mas o que me marcou mais foram os passeios a pé pelo bairro de Palermo. Somando tudo, andamos quase um dia inteiro andando por lá. Passamos pelo Jardim Botânico e Zoológico. Lugares muito agradáveis bem no meio dos prédios e de grandes avenidas. Que contraste. Depois seguimos a pé para parte residencial do bairro. Apenas casas, ruas bem arborizadas, algumas lojas e váááários restaurantes. Uma mistura de Jardins com Vila Madalena.
Nessas ruas com quase nenhum turista pudemos acompanhar o cotidiano dos portenhos. E além disso, encontrar locais totalmente desconhecidos das rotas turísticas como um padaria bem descolada, conduzida por jovens também descolados. Além dos excelentes pães, também servia lanches caprichados num ambiente bem diferente do usual de lá. Nada over, bem clean. Serviço impecável.
Outro lugar bem gostoso foi um bar numa esquina da região. Pequeno. Com mesas na calçada. E o menu variava de acordo com o gosto do cliente. O garçom ofereceu um sanduíche sob medida, que não tinha no menu. Como era dia de semana, estava vazio. Mesmo na hora do almoço. Isso tornava o momento mais gostoso ainda. Sentir o tempo passar devagar, tomando uma Quilmes... Poderia ficar mais alguns dias lá. Com certeza!
Se você ainda não, foi. Vá! Vale!
Beijos e abraços.
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