sábado, 23 de outubro de 2010

Mi Buenos Aires querida - parte 2

Além dos encantos, as terras portenhas tem também seu 'lado B'. Desse período de 9 dias, ficaram para posteridade algumas histórias com os famosos taxistas de lá.

. Estávamos voltando de um jantar, dois amigos da Unilever e eu. Já passava da meia-noite e seguíamos para o hotel. Eu estava no banco da frente e percebi que o motorista começou a 'pescar' de sono. Fiquei de olho. Paramos num farol e o cara fechou os olhos! Apagou! Veio o verde e nada. Dei um leve tapa no braço dele e falei 'Andale!'. Ele acordou e respondeu sem um pingo de vergonha ou remorso 'Sí. Claro.'. E seguimos para o hotel sem outras intercorrências. Era só o que faltava...

. Seguíamos de táxi para um restaurante em Palermo, outros dois amigos da Unilever e eu. Ao chegar no lugar, o taxista parou o carro no meio (no meio mesmo) da rua para nós descermos. Bem folgado. Nisso passa um carrão com dois playboys dentro. Eles param o carro e começam a xingar o taxista, que revida na mesma moeda. Era 'boludo' pra lá, 'hijo de una pu**' pra cá. Aí pensei (já em portunhol) 'Mierda. Fodió... Só falta começar uma briga e a gente no meio...'. Mas logo os boys foram embora e a temperatura baixou. Era só o que faltava...

. Indo para um bar, pegamos um taxista daqueles que falam alto e muito. Quando percebeu que éramos brasileiros, ele começou a falar que os brasileiros se acham os melhores do mundo, que nós dizemos que tudo aqui é 'o maior do mundo. 'Maracanã?! O maior do mundo.'. 'Pelé?! O maior do mundo.' Nesse momento, atingimos o auge da conversa. Já que o Pelé entrou na conversa, ele começou a falar que não dava para comparar o Pelé com Maradona. O Pelé foi o que foi porque jogava com outros 10 craques e o Maradona jogava sozinho. E por aí foi. Longos 15 minutos de viagem até nosso destino. Era só o que faltava...

. Ela e eu chamamos um táxi na frente do hotel. Parou um Corsa bem velho. Entramos.
- Por favor, queremos ir para a rua Uriarte, em Palermo.
- Rua Uriarte???
- Sí! Uriarte. É uma rua famosa de Palermo.
- Perdón. No conosco... Não poderei levarlos lá.
O taxista parou o carro e nos fez descer!!! Era só o que faltava.

Era só o que faltava para coroar a viagem: acidente de carro com taxista dorminhoco, briga de trânsito por causa de taxista folgado, ouvir que brasileiro é orgulhoso e convencido, e ainda ser rejeitado como passageiro. Se ainda fosse em Paris...

Abraços e beijos.

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