segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A coxinha do Seu Antonio

Para quem não conhece, apresento aí ao lado a famosa coxinha de frango do Seu Antonio (in memorian). Famosa não pelo quitute em si mas sim pelo que essa foto não capta.

Essa foto foi tirara sábado passado à tarde. Do lado esquerdo estava o Sr André Parise Conde Testa. Atrás estava esse que escreve. No meio, além da coxinha, uma mesa de boteco com duas garrafas de breja gelada e copos de geléia de mocotó. No melhor estilo pé sujo, mas limpinho...

Para quem também não conhece, o Sr André Testa é membro fundador e vitalício da Presidência - órgão máximo que comanda desde sempre as baladas, cervejadas, roubadas e outras 'adas' da turma daquela região.

Voltando... Esse boteco existe há uns 30 anos. Que nós frequentamos, uns 20 e poucos. Tempo vai, tempo vem e a gente sempre volta para lá. Porto seguro das nossas necessidades etílicas e gastronômicas, antes e depois das 'adas'. Quem não se lembra daquela coxinha saindo do forno às 7 da matina depois de uma noitada daquelas. Olha, faz tanto tempo que quase nem me lembro... Mas era bom! Quem não lembra " A gente se encontra no SA..." ou "Vamos tomar umas no SA..." ou "Vi o fulano no SA..."

Teve 'Tia Carli. Teve 'SP Grill'. Teve 'Quase Esquina'. Teve aquele sujinho da Rua da Consolação que não me lembro o nome agora. Teve 'Vanguard'. (uau! que flashback!!!!). Foram tantos... Mas o Seu Antônio ficou. Firme e forte. Hoje, ir no Seu Antonio é quase um ritual, uma cerimônia, dada a raridade do evento com mais de 2 menbros da nossa Presidência.

O tempo alí não passou. Está tudo praticamente como há 20 e poucos anos atrás. Quem quiser voltar na máquina do tempo é só pedir uma breja gelada e uma coxinha no boteco que fica a Rua Pamplona, altura do 328.

E não esqueçam de me chamar.

Abraços e beijos.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A escolha é sua

Quando algo morre, não acaba. Sim, se transforma.
A morte é a forma que a natureza tem de transformar.
Fazer do algo, algo melhor.
Quando esse algo não funciona mais ou atingiu seu fim, perdeu sua essência.
Assim, morre. Isso se aplica a tudo.
Pessoas. Idéias. Sentimentos. Empresas.

A morte não é boa nem ruim.
Apenas é!

Podemos superar a morte.
Abrindo-nos para as possibilidades do futuro.
Porém, se nos aferramos às certezas do passado.
Morremos também.

Aí, como mortos, vivemos.
Desperdiçando o tempo que nos resta.
Evitando descobrir o que está por vir.
Buscando explicações no passado.
Deixando de amar os que nos amam.

Do tempo, ganhamos a cura das feridas.
Em troca da coragem de enfrentar as mortes que passam pela nossa vida.
Se não temos coragem, ficamos com dor das feridas abertas.
A escolha é sua.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Controlar 37 x Detran 0

Outro dia fui levar meu Fuscão Preto para fazer o teste do Controlar. Chegando lá, pensei comigo 'Mais uma daquelas autarquias infelizes tipo Detran...'. Respirei fundo e entrei.

- 'Bom dia, senhor. Avance um pouco sua moto, por favor, para eu anotar o número da placa.'
- Vrum, vrum.
- 'Obrigada, senhor. Por favor, dirija-se para o box número 7 e aguarde na fila.'
- 'Muito obrigado.' Vrum, vrum, vruuuummm

Chegei na fila do box 7 e havia 3 motos na minha frente. Aí pensei:

- 'Caraca. Tá vendo. É um 'detran' mesmo. Eu cheguei na hora agendada e tem esses caras na minha frete. Pelo jeito vai demorar praca.'

Desliguei a moto, tirei o capacete e fiquei apreciando o ambiente. O lugar é super organizado e limpo. Pouca gente circulando, apenas os técnicos e os donos dos veículos. Olhando com mais atenção percebi que ao lado da estação de análise havia bancos limpos e em ordem para os donos dos veículos. 'Hummmm, no Detran não tem isso não.... Um a zero para o Controlar', reconheci.

Em 10 minutos chegou a minha vez. 'Nossa, tão rápido?!'. Dois a zero para o Controlar.'

- 'Bom dia, senhor. Como a sua moto é muito grande, não é recomedável empurrá-la desligada como fazemos com a demais. Então, por favor, com o capacete, dirija a moto bem devagar com os dois pés no chão até aquele tapete azul.'
- 'Pois não'. Vrum......., vrum........., vrum.....
- 'Aí está ótimo, senhor. Deixe o motor ligado e permaneça em cima da moto até o final do teste.'

Durante o teste, que dura uns 3 minutos, pensei 'Bixo, trinta e sete a zero para o Controlar. O cara estava preocupado com minha segurança. Ouvir dezenas de 'por favor' e 'senhor'. Não tem niguém com aquela cara amarrada como se estivesse me fazendo um favor'.

- 'Senhor, o teste terminou. Por favor, dirija sua moto com o mesmo cuidado de antes até aquela placa de 'aguarde'.
- 'Claro, muito obrigado'.
- 'Nós é que agradecemos'.
- Vrum....vrum....

Aguardei 1 minuto.

- 'Senhor, aqui está o resultado do teste. Sua moto passou com uma excelente nota. Guarde esse comprovante junto com o documento e boa viagem'.
- 'Então está tudo certo e estou liberado?'
- 'Sim, senhor'.
- 'Ótimo. Muito obrigado'.
- Vrum... Vrum...Vruuuumm

Saí de lá pensando: 'Olha, paguei com gosto os quase 60 mangos da taxa. Tá vendo como dá pra prestar serviço público com qualidade e fazer a gente se sentir cidadão. Mesmo que seja pago.'

Parecia que estava nos EUA ou Europa. Deu até gosto...

Beijos e abraços.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tem que morrer para germinar...

Agora que reconheço que não tenho sido eu mesmo, o que falta para começar a ser?
Quanto tempo mais vou esperar?
Quanto tempo mais vou sufocar meus sentimentos, minhas vontades?
Quanto tempo mais vou deixar de fazer o que quero?
Quanto tempo mais vou engolir os sapos?
Quanto tempo mais?
Quanto?
Quanto tempo ainda vou precisar para deixar ir o passado e deixar vir o futuro?
O que falta?
Coragem?
Coragem!
Para enfrentar o Eu que tem sido sufocado dentro de mim por tanto tempo?
Para acertar as contas com Ele?
Para reconhecer que é Ele que está querendo sair e eu não deixo.
Para pedir desculpas a Ele?
Pelos sapos engolidos.
Pelas broncas sem motivo.
Pelas 'porradas' não revidadas.
Por tudo.
O que sobra?
Medo?
Medo!
Como vai ser?
Vou sofrer?
Vão sofrer?
Preguiça?
Preguiça!
Vai dar trabalho? Começar tudo de novo?
Quando?
Tem hora melhor?
Tem hora pior?
Tem hora?
Tem?
Tem!
A hora chegou!
Falei.
Foi doído, mas bom.
Está sendo. Doído e bom.
Será. Doído e bom.
Mas a dor vai passar.
Mantendo firme o curso.
Esse é o caminho.
Não tem mais volta.
Eu sou Eu. No caminho.