segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Envelhecendo como pai

Nesses últimos dias envelheci um pouco como pai. Ser pai por si só já coloca uma grande responsabilidade a mais para nós e faz a gente amadurecer. Mas tem alguns momentos, diferentes daqueles que o dia-a-dia de colocar os limites e horários nos proporciona, em que algo se cristaliza dentro de nós. E eu vivi dois momentos desses.

O primeiro foi ao visitar uma escola para a Giovana perto de onde vamos morar. Agora que ela já viveu dois anos numa excelente escola, escolher outra está sendo um desafio. E isso faz eu me perguntar um monte de coisas: Como comparar uma escola com outra? Que perguntas fazer? Será que isso é o melhor para ela? Não que esse tipo de questionamento seja raro na vida de um pai. Mas escolher uma escola é diferente. Essa escolha vai ter conseqüências por muito tempo. Assim como diversas outras coisas na vida de uma criança que tem muita coisa pela frente. Mas foi a primeira vez que eu senti isso. Sabe aquele sentimento que faz a gente pensar ‘Nooosa. Esse é um momento diferente’.

O segundo foi ao vê-la deitada na cama do pronto-socorro do Heinstein sendo cuidada pelos médicos. Ela tinha caído e cortado o queixo. Nada grave. Foram apenas quatro pontos, mas vê-la ali, enrolada nos lençóis, chorando, com o queixo aberto, sendo ‘costurada’ me deu aquele aperto no peito e aquela sensação de impotência. O máximo que eu podia fazer era mostrar para ela que eu estava ali, mantendo a calma e tentando acalmá-la, e esperar que o especialista fizesse seu trabalho bem feito. E só.

Percebi que isso que cristalizou dentro do mim foi o tempo passando. Carpe diem!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Esses sábados andam incríveis...

Depois daquele sábado em família, esse foi o sábado com os amigos. Não teve o significado daquele, mas foi tão gostoso quanto. E muito divertido! Em curtas...

... O bar é legal, mas não tem forro no teto e tem o mordomo da Família Adams como um dos garçons. E gente ficava de olho para ver onde ele guardava o machado.

... Quatro mulheres grávidas na turma. Do copo que elas bebiam, alguns queriam distância. Outros, nem tanto.

... A conta deu R$700. Num boteco que o core business é cerveja e beliscantes, você pode imaginar o grau que alguns saíram de lá. Esse que escreve inclusive.

... Os papos como sempre indo de 8 a 80: desde os escândalos do DEM em Brasília até o cofrinho de uma desavisada.

... O Gustavo queria participar da festa também. Num determinado momento, não cabia mais nenhuma mão em cima da barriga da Estela pra sentir o pimpolho chutando.

... O quórum foi alto, mas algumas ausências importantes foram sentidas, como a do Testinha. Mas se tivesse todo mundo lá, de quem falaríamos mal, némesmo?!

... Comemos perna de rã frita. E não é que é gostoso mesmo!? E nem é tão feio. O próximo desafio: ostras.

... No começo estávamos protocolarmente misturados homens e mulheres na mesa. Mas meia hora depois colocamos as coisas nos devidos lugares: homens de um lado e mulheres do outro.

... E como a maioria já não faz mais curva de lado, ninguém quis arrumar briga nem sair sem pagar. Bons tempos... Estes e aqueles.

Foram horas inesquecíveis. Na companhia de pessoas que nem se vêem tanto assim, que nem são tão perfeitas assim, mas que podem se chamar de amigas e esperar ansiosas pelo próximo encontro.

Abraços e beijos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A nova geração

Salve, Gustavo. Do sueco, significa ‘bastão de combate’ ou ‘cetro do rei’. Será um lutador e trará consigo toda a majestade dos reis.

Salve, Danilo. Do hebraico, Deus é meu juiz. Tem olhar tranqüilo e sereno como apenas aqueles que já passaram por grandes provações e têm Deus a seu lado.

Salve, Giovana. Forma italiana de Joana que em hebraico significa graça divina. Tem o amor, a força e a energia vital que a todos contagiam.

Eles vão...
... ter nosso nome,
... carregar nosso legado,
... aprender nossos valores e princípios,
... contar nossas histórias para seus filhos e netos.

Eles são a nova geração da nossa família. Salve!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sábado foi assim

Nesse sábado vivemos um momento especial: quatro homens tomando cerveja numa mesa de bar na calçada. Especial mesmo!
Os homens: o pai que é avô, os filhos que são pais e o neto que por enquanto é só neto. Há quanto tempo isso não acontecia. Os homens da família bebendo juntos sem muito compromisso e sem as respectivas mulheres. Por mais que sejam nossas amadas, às vezes é mais legal beber sem elas. E sábado foi assim.

A cerveja: inacreditavelmente gelada. Sabe quando você chega no bar e pede uma mas sem aquele entusiasmo pois cerveja não é o core business do lugar? Então... A cerveja estava geladamente gostosa, deliciosamente gelada. Era pra vir uma ou duas. Foram seis só pra abrir os trabalhos. Sábado foi assim.

O lugar: no mínimo improvável, uma padaria. Para quem é da região, estou falando da ex-Gemel, agora Empório Bela Vista. Algumas mesas e cadeiras de madeira na calçada. Uma tarde gostosa mais pra quente que pra fria. Poucos carros passando. Uma generosa porção de salame fresquinho com limão. E uma vista bem agradável do antigo hospital Matarazzo com seus prédios também antigos. O lugar era nosso. Sábado foi assim.

Entre uma e outra, conversamos sem pressa e sem compromisso. Demos risadas. Lugar improvável com cerveja inacreditável. Com aquela vontade de fazer o tempo passar bem devagar para podermos aproveitar cada momento. Sábado foi assim.

Se eu fosse um poeta, isso daria música...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Começando pelo começo

Quase não acredito... Um dos caras menos conectado dessa época... Criei um blog! E tive duas fontes de inspiração: um blog de um amigo que fala de alimento para o corpo com histórias que alimentam a alma e o blog de uma amiga que fala da sua vida pessoal de uma forma tão aberta que quase choca.

Nesse espaço, serão contados causos e histórias, felizes ou tristes, com ou sem fotos, de “Eu”, “Elas” e “Afins”. “Eu”, este que escreve, na verdade é o menos importante e serve apenas de contador das histórias e causos, compilador das versões, jornalista desse cotidiano. “Elas”, as Pessoas (sim, com p maiúsculo) que passaram ou ainda estão passando na minha vida, são a parte importante e os atores principais. Podem ser pais, irmãos, amigos, tios, avôs, primos, filhos, sobrinhos, colegas, chefes, vizinhos ou simples desconhecidos. Novos ou velhos. Próximos ou distantes. Queridos ou não. E “Afins” são os contornos, os lugares, os eventos, as ações, os momentos... Enfim, o que dá liga ao “Eu” e “Elas”.

E tudo isso por um motivo simples: compartilhar o que realmente importa.

Welcome!