segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Envelhecendo como pai

Nesses últimos dias envelheci um pouco como pai. Ser pai por si só já coloca uma grande responsabilidade a mais para nós e faz a gente amadurecer. Mas tem alguns momentos, diferentes daqueles que o dia-a-dia de colocar os limites e horários nos proporciona, em que algo se cristaliza dentro de nós. E eu vivi dois momentos desses.

O primeiro foi ao visitar uma escola para a Giovana perto de onde vamos morar. Agora que ela já viveu dois anos numa excelente escola, escolher outra está sendo um desafio. E isso faz eu me perguntar um monte de coisas: Como comparar uma escola com outra? Que perguntas fazer? Será que isso é o melhor para ela? Não que esse tipo de questionamento seja raro na vida de um pai. Mas escolher uma escola é diferente. Essa escolha vai ter conseqüências por muito tempo. Assim como diversas outras coisas na vida de uma criança que tem muita coisa pela frente. Mas foi a primeira vez que eu senti isso. Sabe aquele sentimento que faz a gente pensar ‘Nooosa. Esse é um momento diferente’.

O segundo foi ao vê-la deitada na cama do pronto-socorro do Heinstein sendo cuidada pelos médicos. Ela tinha caído e cortado o queixo. Nada grave. Foram apenas quatro pontos, mas vê-la ali, enrolada nos lençóis, chorando, com o queixo aberto, sendo ‘costurada’ me deu aquele aperto no peito e aquela sensação de impotência. O máximo que eu podia fazer era mostrar para ela que eu estava ali, mantendo a calma e tentando acalmá-la, e esperar que o especialista fizesse seu trabalho bem feito. E só.

Percebi que isso que cristalizou dentro do mim foi o tempo passando. Carpe diem!

3 comentários:

  1. A respeito de escolher escola para filho, também tive uma experiência interessante. Um dos meus filhos teve que sair do Banderantes em pleno mes de setembro. Nas escolas que procurávamos, uma fria indiferença nos recebia." Transferência em setembro só pode ser aluno tranquera" era a frase não dita mas sentida. Após muita procura, encontramos asilo didático para o meliante. 'Acabou as minhas férias", foi o que ouvi do referido Meliante.
    Haja saco para ser pai...

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  2. Sobre o comentário anterior, faltou ao pai sem saco entender o humor fino da supracitada reação... e viva a persistência do pai que não tinha saco, tinha um contêiner daqueles para aguentar tantas cagadas adolescentes ...

    Assinado:
    O Meliante

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  3. O meliante cresceu, estudou, virou gente... É uma excelente pessoa, filho e pai de primeira!
    Pai do meliante

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