sábado, 21 de agosto de 2010

No fim é só arroz

Semana passada, tivemos mais um evento da comemoração dos 10 anos de casado. Saímos para jantar só nos dois e escolhi um lugar bem recomendado e que prometia entrar no seleto grupo dos 'Meus restaurantes', que hoje tem apenas o Eñe. O lugar escolhido foi o La Rizzoteria Alessandro Segatto.

Chegando lá, a primeira impressão é ótima. O lugar é impecável. Muito bem decorado para dar um ar 'toscano' ao ambiente. Porém, ficou por aí....

Fomos recebidos pelo maitre com frieza. Pareceu que como não tínhamos chegado de Porche ou Audi, então... O restaurante estava vazio. Apenas duas mesas ocupadas. E nem era tão tarde assim. Chegamos lá por volta da 21h.

Sentamos. Perguntei qual espumante ele tinha para oferecer. Ele trouxe uma garrafa e falou 'Temos esse...'. Era brut e a Ana não gosta. Normalmente pedimos um demi-sec. Não tinha nenhuma alternativa. Nenhuma!

Então pedimos a carta de drinks. A Ana pediu uma caipirinha. Eu optei pela cerveja. Na carta, duas opções: Boehmia e Baden Baden.
- Garçom, me traz uma Baden Baden.
- Infelizmente, senhor, temos apenas Bohemia.
- ........ (tempo para refletir)
- Bom, então pode trazer.  Fazer o que?

O couvert estava ótimo. Torradas da casa com sardela e patês. Engraçado que tinha também um pedaço de bolo levemente doce...

Chegou a hora de escolher o prato principal. A Ana escolheu um risoto de presunto cru com aspargos. Eu, um de linguiça italiana ao molho de vinho malbec. Depois de 4 minutos e 47 segundos, chegaram os pratos. Me senti no Spoleto de alguma praça de alimentação. Um prato que custa mais de R$50 não pode ficar pronto tão rápido assim.

Bom, como a noite era de comemoração, iniciamos a degustação. Os pratos estavam muito bons. Mesmo!

Depois dos pratos, conversamos mais um pouco. Tomei mais algumas cervejas. Daí decidimos pedir a sobremesa. Escolhemos uma com bananas flambadas com sorvete de canela. Parecia ótima. Vinte minutos depois (sim, vinte), o garçom volta e seguiu a seguinte conversa:
- Senhor, infelizmente o sorvete de creme (!?) acabou. Temos de morango, chocolate e limão.
- ........ (tempo para eu pensar no que ele queria de mim, pois não entendi).
- Olha, esses sabores não combinam com a sobremesa. Pode suspender!
- ........ (tempo do garçom me olhado estupefato com a minha resposta).

Pedimos um café, que estava muito bom, e a conta. Pagamos e fomos embora.

Depois pensando no que aconteceu, fico imaginando que essa casa deve ter algum problema de gestão ou tem outras finalidades subterrâneas além de servir risotos. Não é possível. Pelo preço que é cobrado, (1) ter apenas uma opção de espumante e cerveja, (2) trazer a comida em 5 minutos e, pior de todos, (3) não ter os ingredientes da sobremesa e perguntar para mim qual deveria se a substituição, é realmente lamentável.

A sensação que fica é que pagamos caro para comer arroz. Que saudade do meu Eñe.....

Beijos e abraços.

2 comentários:

  1. O negócio é comer risoto do Chef Bro... que também fica bom, mas demora 1h15 pra ficar pronto, tempo em que vc vai tomar boas cervejas ou vinhos.
    E sem surpresas quanto à sobremesa, porque ou vcs levam ou não tem! Hehehe
    Abs!

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  2. Bro, Você tem razão! Mas aí é covardia, o Chef Bro está num patamar acima desses restaurantes. Não está aberto para qualquer um. Quem quiser entrar tem que merecer o convite. Além disso, nessa 1h15 que o prato demora pra ficar pronto, temos um excelente papo pra acompanhar o vinho ou cerveja. Mais que o papo em si, temos o prazer de estar juntos. E isso não achamos nos menus da SP...
    Bj.

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